TRIBUNTIMUR.COM - Sebelum tayangannya tamat sekitar dua pekan lalu, talk show "Bukan Empat Mata" sebenarnya berulang kali terancam ditamatkan Minggu, 14 November 2021 Cari

WARTA KOTA, PALMERAH - Siaran talk show favorit di Indonesia “Bukan Empat Mata” tamat sejak dua pekan lalu. Tayang perdana pada 25 September 2005 dan berakhir pada Januari 2016 atau telah menghiasi layar kaca selama 10 tahun lebih dengan jumlah episode sebanyk Tamatnya talk show yang dipandu Tukul Arwana dan Vega Darwanti sepertinya meninggalkan kesedihan. Pada media sosial, sejumlah komentar atas berita tamatnya “Bukan Empat Mata” bermunculan dari akun yang mengaku penggemar. Mereka berharap talk show favoritnya itu kembali tayang. Selama tayang, “Bukan Empat Mata” sebenarnya beberapa kali terancam ditamatkan penayangannya oleh pemerintah karena isi siarannya melanggar. Terakhir adalah teguran dari Komisi Penyiaran Indonesia KPI karena menayangkan ritual pemanggilan arwah pada tahun 2015. Bukan hanya kali itu ditegur. “Bukan Empat Mata” seperti sudah jadi langganan KPI. Teguran pertama diberikan karena acara ini saat itu bernama “Empat Mata” menampilkan adegan Sumanto, manusia kanibal pada tahun 2007. Pada tahun 2008 dilarang tayang oleh KPI karena menyuguhkan adegan makan katak hidup-hidup. Pihak Trans7 mengakali vonis tersebut melalui cara mengubah nama program tersebut menjadi Bukan Empat Mata dan tetap menayangkannya. KPI tidak bereaksi terhadap tindakan Trans7 tersebut akan tetapi, acara ini dihimbau agar tidak membicarakan hal-hal yang vulgar, mesum, dan berbau seks. Pada Tahun 2009, KPI memberikan teguran pertama karena tamu Tukul pada saat itu adalah Kangen Band, tidak sengaja menyebut nama alat kelamin karena latah saat menjatuhkan sesuatu. Ketikadihubungi, Anita menyatakan, Bukan Empat Mata sudah 'tamat'. "Iya, (sudah) tamat," kata Anita. Program Bukan Empat Mata berakhir setelah ditayangkan Trans 7 selama 11 tahun. Saat pertama tayang pada 25 September 2005, talk show yang selalu penuh canda-tawa ini bernama Empat Mata. Nama program berubah setelah Komisi Penyiaran Indonesia Na Semana das Mulheres da Comunidade Virtual Escrevendo o Futuro, não podemos deixar de comentar a triste origem do Dia Internacional da Mulher, um terrível acontecimento em 8 de março de 1857, nos Estados Unidos, operárias de uma fábrica de tecidos entraram em greve, reivindicando a diminuição do horário de trabalho de 16 para 10 horas diárias. Note-se que, além disso, elas recebiam um terço do salário dos homens. As grevistas foram fechadas na fábrica e, de repente, começou um incêndio que matou 130 mulheres. Temos que reconhecer que, de lá pra cá, a situação mudou bastante e que as mulheres, a cada dia que passa, são mais reconhecidas em sua capacidade e em seus direitos. Essa melhora não foi “de graça”. Muitas mulheres lutaram sobretudo na primeira metade do século XX, para obter direitos de serem cidadãs tão valiosas quanto seus companheiros, os homens. O interessante é notar que as mulheres não brigaram sozinhas. A crônica de Lima Barreto, publicada em 1915, demonstra a solidariedade masculina no combate a preconceitos e estereótipos que muitas vezes, ainda atingem as mulheres. Que tal levar “Não as matem” para a sala de aula e trabalhar com este assunto ainda tão atual? Pense como planejaria uma aula tendo esta crônica como centro e conte para a Comunidade. Todos queremos saber! Não as matem Lima Barreto Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida, é um sintoma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens o domínio, quand même, sobre a mulher. O caso não é único. Não há muito tempo, em dias de carnaval, um rapaz atirou sobre a ex-noiva, lá pelas bandas do Estácio, matando-se em seguida. A moça com a bala na espinha veio a morrer, dias após, entre sofrimentos atrozes. Um outro, também, pelo carnaval, ali pelas bandas do ex-futuro Hotel Monumental, que substituiu com montões de pedras o vetusto Convento da Ajuda, alvejou a sua ex-noiva e matou-a. Todos esses senhores parece que não sabem o que é a vontade dos outros. Eles se julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu desejo a quem não os quer Não sei se se julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada; mas o certo é que estes não nos arrebatam senão o dinheiro, enquanto esses tais noivos assassinos querem tudo que é de mais sagrado em outro ente, de pistola na mão. O ladrão ainda nos deixa com vida, se lhe passamos o dinheiro; os tais passionais, porém, nem estabelecem a alternativa a bolsa ou a vida. Eles, não; matam logo. Nós já tínhamos os maridos que matavam as esposas adúlteras; agora temos os noivos que matam as ex-noivas De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de supor que, quem quer casar, deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade, com a melhor boa vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com ânsia e grandes desejos; como e então que se castigam as moças que confessam não sentir mais pelos namorados amor ou coisa equivalente? Todas as considerações que se possam fazer, tendentes a convencer os homens de que eles não têm sobre as mulheres domínio outro que não aquele que venha da afeição, não devem ser desprezadas. Esse obsoleto domínio à valentona, do homem sobre a mulher, é coisa tão horrorosa, que enche de indignação. O esquecimento de que elas são, como todos nós, sujeitas, a influências várias que fazem flutuar as suas inclinações, as suas amizades, os seus gostos, os seus amores, é coisa tão estúpida, que, só entre selvagens deve ter existido Todos os experimentadores e observadores dos fatos morais têm mostrado a inanidade de generalizar a eternidade do amor Pode existir, existe, mas, excepcionalmente; e exigi-la nas leis ou a cano de revólver, é um absurdo tão grande como querer impedir que o sol varie a hora do seu nascimento. Deixem as mulheres amar à vontade. Não as matem, pelo amor de Deus! Vida urbana, 27-l-1915 Encontrado em Domínio Público Lima Barreto Jornalista e importante escritor do início do século XX no Brasil, Afonso Henriques Lima Barreto foi um severo crítico dos preconceitos que marcavam a sociedade brasileira da época. Lima Barreto, nascido em 13 de maior de 1881, era filho de um mulato que nasceu escravo e tornou-se livre, e de uma professora, filha de escravos, que faleceu quando ele ainda era criança. Sua origem parece ter sido a causa de sua rebeldia contra os valores de uma sociedade dirigida por antigos senhores de escravos. Ele teve oportunidade de estudar, em parte por ser filho de uma professora, em parte por ter sido afilhado de uma figura importante, o Visconde de Ouro Preto. Frequentou o colégio Pedro II, reduto da elite econômica do país e ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Abandonou o curso para sustentar os irmãos quando seu pai enlouqueceu. Mais tarde, conseguiu entrar para o Ministério da Guerra, trabalhando como escriturário. Também passou a colaborar com jornais e a escrever romances, dos quais o mais importante é “O triste fim de Policarpo Quaresma”. Leitor voraz, foi um dos poucos, em sua época, a ler escritores russos. Era criticado pelos escritores de seu tempo por não escrever de acordo com o estilo empolado que vigorava e usar uma linguagem mais coloquial. Sua obra traz uma crítica contundente aos valores de sua época. Morreu ainda jovem, aos 41 anos, depois de sofrer com crises de depressão e com o alcoolismo. Publicado em 05/03/2009 rh3LiOd.
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